sexta-feira, 18 de setembro de 2015

5ªJornada : Peleja em terras nortenhas (Antevisão)

O Clássico é já no domingo e bem, achei que era meu dever dar a minha opinião em relação ao mesmo, neste texto curto e conciso que pretende ser uma antevisão a esse mesmo embate.


Em relação ao onze que irá ser apresentado por Rui Vitória, tenho apenas a afirmar o seguinte : não pode ser repetida a ala direita usada contra o Astana e Belenenses. Por duas razões, a quais são, a meu ver, de simples compreensão - a inexperiência e o cariz ofensivo dessa mesma ala. Ou seja, Gonçalo Guedes e Nelsón Semedo, por muita qualidade que tenham, não podem coexistir no onze que irá ser apresentado na visita ao Dragão. O maior problema de ambos pode até nem ser a inexperiência mas sim a sua cadência ofensiva. Com uma ala esquerda já de si experiente e ofensiva, o nosso flanco direito deve ser mais defensivo de modo a suster as ofensivas do adversário que possui jogadores de qualidade como é o caso de Brahimi e porventura Tello. Portanto, o Rui não deverá utilizar ambos. Nelsón Semedo é aquele que a meu ver tem maior probabilidade de continuar no onze, sendo que Gonçalo Guedes será, muito provavelmente o preterido. Pizzi poderá ser uma escolha óbvia mas continuo a acreditar que Carcela merece uma oportunidade. Se Nélson sair também do onze, prevejo uma dupla André Almeida/Pizzi na ala direita, se bem que Rui Vitória parece preferir Sílvio a Almeida. 

Passada a questão da ala direita, devo apenas dizer que espero um Benfica com garra, aliás, como deve e tem de ser sempre, com Raúl em detrimento de Mitroglou (quer se queira ou não, o Benfica não terá tantas oportunidades de executar o jogo de posse que Rui preconiza e, além disso, Raúl auxiliaria mais que o grego na manobra defensiva, pressionando logo a primeira linha de construção do adversário), a jogar "olhos nos olhos", sempre com os três pontos na mente. Gaitán tem de dizimar Maxi e Eliseu tem de suster Corona (caso este seja titular). Jonas Pistolas tem de estar no seu melhor. Toda a equipa tem de estar no seu melhor. Tanto os titulares como quem ficar no banco. A exibição tem de ser de gala! Não vou ser hipócrita ao ponto de afirmar que se empatarmos fico desapontado, mas também devo dizer que tenho o chamado "feeling" de que o nosso Benfica consegue bater esta equipa do FCP se jogar com garra, querer e ambição. 


Que venha Domingo, que venha a vitória, que venha o TRI!
Somos Benfica

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ambição na Liga dos Colossos e dos Milhões

LC, grupo C: Benfica-Astana, 2-0 (destaques)

Sendo um adepto do Norte, é quase uma raridade ver o Glorioso ao vivo, contudo ontem foi uma dessas raridades e pude mais uma vez, cheirar a relva da Luz. O ambiente de uma Luz quase semi-preenchida continua a cativar qualquer adepto e perceber que todos ali estão em sintonia de forma a apoiar o seu clube do coração é uma sensação indescritível.

Mas, o que tenho eu a dizer em relação ao jogo?

A primeira parte foi, indubitavelmente, algo pobre. O Astana foi uma equipa que defendeu muito bem, fechando de forma bastante eficaz as linhas e criando uma ou outra situação de contra-ataque que se podiam ter revelado prejudiciais. Devido à eficácia defensiva dos cazaques, a nossa equipa não conseguiu executar o plano que Rui Vitória teria delineado, plano esse que passava pela colocação na bola nas alas, as chamadas zonas "exteriores". Sou da opinião que a equipa exagerou ao colocar repetidamente a bola no flanco direito. Apesar de acreditar na qualidade do Nelsinho e do Gonçalo, acredito que neste tipo de jogos, onde a experiência conta sobremaneira, a bola deveria ter sido colocada no flanco oposto, onde a maturidade de Eliseu e os rasgos técnicos soberbos do Nico poderiam ter criado ainda mais oportunidades de golo. Aliás, foi a partir deste flanco que nasceram a maior parte das escassas oportunidades de golo da equipa no primeiro tempo. Talisca não esteve tão bem como tinha estado contra o Belenenses, perdendo muitas bolas no meio campo e não decidindo bem numa ou outra ocasião. Samaris teve a tarefa de "destruir" qualquer iniciativa do Astana e devo dizer que o grego foi talvez o melhor em campo a par de Gaitán, com uma exibição personalizada, muito à imagem do que tinha feito na sexta-feira. A agressividade do Benfica e a pressão alta devem-se muito a este homem. Jonas não esteve nos seus melhores dias, mas mesmo assim, o craque conseguiu criar as duas grandes oportunidades de golo da primeira parte.

1 GOLO


A ida ao balneário fez bem à equipa, mas a bola ao poste dos cazaques fez ainda melhor. Só a partir desse momento é que percebi que a equipa tentou "desbloquear" o jogo e dar alegrias aos adeptos. Todos passaram a jogar com outra intensidade e foi sem surpresa que o Nico soltou as amarras. Depois, restou ao Mitroglou sentenciar a partida servido por Eliseu. Entretanto, Talisca tinha subido de rendimento, decidindo melhor e não perdendo tantas bolas. Depois das amarras soltas, o Benfica passou a ser outro. A ala direita foi igualmente preponderante na manobra defensiva, impedindo o Astana de criar qualquer sobressalto adicional.
2 GOLO

Pizzi foi colocado em campo para render Jonas - Rui a pensar no Dragão, sem dúvida. Talisca deu lugar a Raúl - mais um momento de gestão - e Fejsa rendeu Samaris - o Dragão outra vez. A equipa não se deixou amolecer e continuou a controlar o jogo.

Três pontos, um milhão e meio de euros. as receitas de bilheteira e transmissão televisiva fazem deste o jogo mais lucrativo da época até ao momento. Além disso, o euro doado por cada bilhete vendido para o drama dos refugiados demonstram que o Benfica não é apenas um grande clube mas também uma magnífica instituição, uma da qual todos nos devemos orgulhar.

Ouvir a Luz cantar "GOLO!!!" em uníssono continua a ser uma das melhores sensações da vida.

Benfica multado em mais de 2.000 euros pelo comportamento dos adeptos